Documento favorece a entrada no mercado de novos fitoterápicos seguros, efetivos e com qualidade
Cada vez mais popular, a fitoterapia é um método terapêutico que pode ser considerado complementar aos medicamentos convencionais. Sendo produtos exclusivamente de matéria prima ativa vegetal, os fitoterápicos têm a finalidade profilática, curativa ou paliativa.
Atendendo às demandas das práticas relacionadas à manipulação, dispensação e prescrição de plantas medicinais, drogas vegetais e fitoterápicos de maneira padronizada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou a 2ª Edição do Formulário de Fitoterápicos. O documento compreende a revisão de textos e monografias constantes na 1ª edição, ao todo o formulário contempla 85 monografias com 236 formulações, o que favorece a entrada de novos fitoterápicos no mercado, permitindo que a população brasileira tenha mais acesso a fitoterápicos seguros, efetivos e de qualidade.
Membro do Comitê Técnico Temático de Apoio à Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (CTT – APP) e Mestrando do Programa de Ensino nas Ciências da Saúde da FPP, o médico Luiz Antonio Batista da Costa, explica que o documento é essencial para garantir o acesso seguro e racional de plantas medicinais e fitoterápicos. “Em virtude do grande interesse popular e institucional por esses produtos, diversas ações foram executadas pelo Ministério da Saúde, em parceria com outros órgãos governamentais e não governamentais”, explica.
A 2ª edição do formulário ainda inclui a análise e resposta de mais de 1.000 sugestões provenientes da comunidade científica e população em geral. Para conferir o resultado de todo esse trabalho, acesse aqui.
Tratamento com fitoterápicos
Medicamentos oriundos de plantas podem ser produzidos e comercializados das mais diversas formas farmacêuticas, das mais simples às mais sofisticadas tais como chás para degustação, chás medicinais, drogas vegetais (planta ou parte dela seca, pulverizada ou triturada), tinturas (preparação alcoólica ou hidroalcoólica resultante da extração de drogas vegetais), extratos, xarope, cremes, entre outros.
É importante lembrar que em todos os casos deve haver um farmacêutico responsável. O médico Luiz Antonio ressalta a importância do acompanhamento profissional. “A automedicação é sempre contra indicada, seja por medicamentos fitoterápicos industrializados ou do consumo in natura. Identificar uma planta apenas pelo nome popular pode ser arriscado, pois um nome popular pode significar diferentes plantas com ações e indicações diferentes”, afirma.
Luiz Antonio ainda reforça que é importante manter “o hábito de relatar ao médico qual fitoterápico está consumindo, já que é muito comum haver interações medicamentosas entre medicamentos sintéticos e fitoterápicos”, diz.
Por fim, não se esqueça de sempre procurar tratamento com fitomedicamentos procure um profissional habilitado.