Segundo dados oficiais, cerca de 77% dos brasileiros fazem uso de medicamentos sem orientação profissional; Coordenadora do curso de Farmácia da FPP fala dos perigos da prática
A automedicação é uma prática comum entre os brasileiros. É o que mostra os dados de 2021 Conselho Federal de Medicina. De acordo com o Conselho, 77% da população do país faz uso de medicação sem qualquer tipo de orientação. Outro dado igualmente preocupante do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), revela que o uso inadequado ou abusivo de mendicamentos é o principal fator de intoxicação no Brasil,
Nesse 05 de maio, Dia do Nacional do Uso Racional de Medicamentos, a coordenadora da graduação em Farmácia da Faculdades Pequeno Príncipe, Profª Dra. Graziele Francine Franco Mancarz, fala sobre os perigos da automedicação. “Por mais inofensivo que um remédio pareça ser, qualquer medicação precisa ser prescrita por um profissional”.
Graziele ainda reforça a importância da atuação do farmacêutico neste sentido. “Nos casos do consumo indiscriminado, muitas vezes reações adversas podem ocorrer por falta justamente dessa orientação. São situações que podem ser evitadas”, afirma. Vale lembra que uma das inúmeras atribuições do farmacêutico é justamente fazer essa orientação junto à população. Uma vez que a dispensação orientada pelo profissional visa garantir a eficácia e segurança do tratamento prescrito.
Outro ponto destacado pela coordenadora refere-se ao consumo de fitoterápicos e chás. “Temos muitas interações de medicamentos com chás, que demandam atenção. Por isso, é fundamental procurar um farmacêutico para tirar essa e qualquer outra dúvida”, enfatiza. Inclusive, o acesso seguro e racional aos fitoterápicos está descrito no Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia brasileira.