Doença, que chegou a ser considerada fator de risco durante a pandemia, exige atenção e cuidado por parte dos pacientes
Lembrado anualmente toda a primeira terça-feira do mês de abril, o Dia Mundial da Asma reforça questões relacionadas à conscientização do controle das crises e mortes por asma. Neste ano, a data também traz à tona os cuidados que os pacientes devem ter com relação à pandemia COVID-19.
Logo no início da pandemia a asma chegou a ser incluída na lista de doenças de risco e estes pacientes tiveram atenção redobrada. Mas, com o desenvolvimento da doença e novos estudos, os pacientes asmáticos foram retirados da categoria de risco, como explica o pneumologista e docente da FPP, Dr. Paulo Sandoval. “Atualmente não existe mais esta certeza (sobre a asma ser um fator de risco), o que se sabe é que não há relação entre gravidade e frequência de doença por covid em pacientes asmáticos. Até parece que existe um fator protetor nestes pacientes que utilizam medicamentos com corticoide”.
Ainda segundo o professor, a pandemia trouxe, inclusive, uma diminuição dos casos graves. “A pandemia trouxe na realidade uma diminuição dos casos graves, por conta das medidas de distanciamento. Sendo que as causas infecciosas (gripe, laringite, faringite, etc), são causas de descompensação da doença e como as pessoas se mantiveram isoladas, houve uma redução considerável dos internamentos e mortalidade”, afirma.
Sobre a asma
Uma doença inflamatória das vias aéreas, habitualmente, com componente alérgico. Os sintomas que caracterizam a asma são basicamente três: chiado no peito, falta de ar e tosse. Os tratamentos incluem o uso de corticoides inalatórios, broncodilatadores e atualmente, nas formas graves, algumas substâncias imunomoduladoras.
A asma alérgica, habitualmente, é um componente presente desde o nascimento, mas os sintomas podem aparecer em qualquer fase da vida. “Não existe forma de prevenção da doença, mas o paciente pode prevenir as crises e se afastar dos componentes que atenuam esses casos, além de manter um ambiente domiciliar e de trabalho isento de poluentes, cuidar com as infecções respiratórias e tratar precocemente as crises quando aparecerem”, ressalta o médico.