Evento reuniu empreendedores que têm ou tiveram vinculação com serviços de atenção à saúde mental
Mais do que proporcionar um espaço para comercialização de produtos, a II Feira Solidária da FPP proporcionou a aproximação de empreendedores, que de alguma forma têm ou tiveram vinculação com serviços de atenção à saúde mental, com a comunidade acadêmica.
Este contato possibilita a reinserção social dessas pessoas, etapa fundamental para construção dos próximos passos durante o processo de recuperação. “Nesse modelo de atenção psicossocial não estamos pautados no processo de adoecimento, mas sim no processo de saúde. De alguma forma é preciso ampliar as estratégias e no caso da Psicologia, precisamos aproximar os estudantes no sentido de pensar que estar no território, estar com as pessoas e conhecer diferentes realidades possibilita uma série de articulações que beneficiam o cuidado em saúde mental”, explica a prof.ª Me. Luciana Elisabete Savaris.
Desta forma, os estudantes acabam tendo contato com diferentes realidades, como explica o representante da LIBERSOL –Rede de Saúde Mental e Economia Solidária e um dos organizadores da feira, o psicólogo Caique Franzoloso. “A Feira é um benefício de mão dupla. Os empreendedores têm a possibilidade de ocupar espaços que pessoas em vulnerabilidade social pouco têm acesso e para a comunidade acadêmica é a possibilidade de romper os muros da sala de aula. Tudo o que falamos sobre reinserção social, saúde mental e determinantes de saúde está materializado na Feira Solidária”, afirma.
Enfeites de natal, panos de prato, artesanatos, entre outros produtos foram expostos durante a feira. A ação proposta por acadêmicos do 5º período da graduação em Psicologia, na disciplina Cenários de Aprendizagem Rede SUS II, está incluída nas diretrizes da Curricularização da Extensão, que estabelece a aproximação da sociedade com a comunidade acadêmica.