Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 segundos uma pessoa tira a própria vida no mundo, ou seja, 1 milhão de casos todos os anos. No Brasil, 32 pessoas por dia cometem suicídio. Por isso, é essencial deixar os preconceitos de lado e conferir alguns dados básicos sobre o assunto:
Fatores de risco para o suicídio:
- Transtornos mentais: depressão, transtornos mentais e de comportamento decorrentes do uso de substâncias psicoativas, transtornos de personalidade, transtornos de ansiedade, comorbidade potencializa riscos (ex.: alcoolismo + depressão);
- Sociodemográficos: homens têm maior incidência, faixas etárias entre 15 e 35 anos e acima de 75 anos, estratos econômicos extremos, residentes em áreas urbanas, desempregados, aposentados, isolamento social, solteiros ou separados, migrantes;
- Psicológicos: perdas recentes, perdas de figuras parentais na infância, dinâmica familiar conturbada, datas importantes, sentimentos de abandono e solidão, personalidade com traços significativos de impulsividade, agressividade, humor lábil;
- Condições clínicas incapacitantes: doenças orgânicas incapacitantes, dor crônica, lesões desfigurantes perenes, trauma medular, neoplasias malignas, HIV entre outras.
Como eu posso ajudar?
Perca o medo de se aproximar das pessoas e oferecer ajuda. A pessoa que está numa crise suicida se percebe sozinha e isolada. Se um amigo se aproximar e perguntar “tem algo que eu possa fazer para te ajudar?”, a pessoa pode sentir abertura para desabafar. Nessa hora, ter alguém para ouvi-la pode fazer toda a diferença. E qualquer um pode ser esse “ombro amigo”, que ouve sem fazer críticas ou dar conselhos. Quem decide ajudar não deve se preocupar com o que vai falar. O importante é estar preparado para ouvir.
Quem oferece ajuda profissional para pessoas com intenção de se matar?
- CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde);
- UPA 24H, SAMU 192, Pronto Socorro; Hospitais;
- Centro de Valorização da Vida – 188 (ligação gratuita). A rede realiza atendimentos gratuitos de apoio emocional e prevenção ao suicídio. Há a garantia de sigilo e o acesso se dá via e-mail e chat 24 horas. Para mais informações, acesse o site.
Isolamento social e ansiedade e depressão
Ficar longe do trabalho, dos amigos e da família pode ser ainda pior para quem sofre com algum distúrbio emocional. Aqueles que já sofrem com depressão, bipolaridade e ansiedade crônica percebem a solidão e as tensões causadas pela pandemia de forma muito mais intensa.
A boa notícia é que dá para adotar medidas que ajudem a minimizar ou mesmo prevenir a piora desses casos. Aqueles que mantém a alimentação saudável, fazem terapia online e praticam exercícios físicos de três a quatro vezes por semana são menos propensos a ter sintomas de ansiedade e depressão. Além disso, manter uma rotina diária e adotar hábitos simples, como tirar o pijama ao acordar, são outras boas práticas para a saúde mental. Procure também selecionar os horários em que acompanha as notícias. Baseie-se em fontes confiáveis, que garantam que a aquela notícia não é alarmismo.
Falando abertamente sobre suicídio
A FPP vai transmitir duas lives no Instagram sobre “Transtornos Mentais e Suicídio prevenção e Tratamento sob o Olhar da Psiquiatria e Psicologia”. No dia 10/09, às 19h, com o Dr. Ricardo Losso, médico psiquiatra e no dia 23/09, às 19h, com a Me. Ana Paula Gomes, psicóloga. Assista!
Conte com a FPP
A FPP promove as salas de apoio virtuais para estudantes e colaboradores da instituição. Se trata de um encontro em grupo mediado pela psicóloga Tatiana Forte, para dialogar sobre rotina, estimular a criatividade, trazer técnicas breves de relaxamento, além de conversas abertas sobre como cada um está lidando com essa nova fase. Os encontros acontecem de segunda a sexta, das 19h às 21h, duram 50 minutos e comportam até 12 pessoas por vez.
Já o Núcleo de Apoio Didático-Pedagógico Psicossocial, Inclusão e Acessibilidade (NADIA) tem como objetivo realizar o acompanhamento do estudante durante sua trajetória acadêmica na FPP, favorecendo a identificação de potencialidades e /ou dificuldades decorrentes do processo de ensino-aprendizagem, bem como o desenvolvimento pessoal, cognitivo, social e cultural. O NADIA também tem como propósito assegurar a inclusão e acessibilidade das pessoas com necessidades especiais, reafirmando o compromisso de responsabilidade social da instituição.
A campanha é em setembro, mas falar sobre prevenção do suicídio em todos os meses do ano é fundamental. Acompanhe a campanha completa nas redes sociais da FPP!