O Paraná deverá oferecer gratuitamente, a partir de junho, uma vacina pioneira contra a dengue na rede pública de saúde. As doses serão adquiridas com recursos próprios do governo estadual, visto que a União – responsável pelo programa de imunização – ainda não sinalizou a inclusão da vacina no calendário básico do Sistema Único de Saúde (SUS).
Cerca de R$ 25 milhões já foram reservados no orçamento para este fim, conforme determinação do governador Beto Richa. “Ainda não sabemos quanto vamos investir na aquisição das vacinas, pois aguardamos uma definição da Anvisa em relação ao preço que poderá ser praticado pelo fornecedor para as doses comercializadas no país”, reitera o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto.
Essa definição deve sair em breve, com base em informações da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos. “Esperamos que esse processo de precificação seja finalizado nos próximos trinta dias. Hoje, esse é o principal impedimento para que façamos a compra imediatamente”, esclarece o secretário.
Tão logo seja estabelecido o preço máximo da vacina, o estado dará andamento às negociações com a indústria farmacêutica francesa Sanofi Pasteur, produtora da única vacina contra a dengue devidamente registrada no Brasil. Na primeira etapa o Paraná pretende adquirir 500 mil doses.
Resultados
Estudos realizados pelo Sanofi Pasteur revelam que a aplicação da vacina em larga escala reduz em até 93% o número de casos graves de dengue. A medida também tem impacto direto no número de internações, que pode cair em cerca de 81% em locais com campanhas de vacinação.
A vacina tem eficácia comprovada de 66%, protegendo contra os quatro subtipos do vírus da dengue (DENV 1, DENV 2, DENV 3 e DENV 4). “No Paraná, essa porcentagem poderá ser ainda maior, pois a vacina é extremamente eficaz contra os vírus DENV 1 e DENV 4, que mais circulam no estado”, diz a superintendente de Vigilância em Saúde, Cleide de Oliveira.
No momento, a Secretaria Estadual da Saúde avalia quais grupos prioritários serão beneficiados pela nova vacina. De acordo com a empresa produtora, a indicação de uso é para pessoas com idade entre nove e 45 anos. Além disso, serão levados em conta aspectos epidemiológicos, como o grau de exposição das pessoas, o número de casos da cidade, a faixa etária e os grupos de risco, que evoluem com mais frequência para a forma grave da doença.
** Com informações da Agência de Notícias do Paraná.
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