Os Professores Rosiane Guetter Mello, Maria Rosa Machado Prado e Christian Boller, da FPP, e os pesquisadores Daiany de Souza, Luciane Lopes Pedroso e Carlos Ricardo Soccol, respectivamente do Tecpar, do Instituto Pelé Pequeno Príncipe e da UFPR, acabam de publicar o artigo “Anti-inflammatory and angiogenic activity of polysaccharide extract obtained from Tibetan kefir” na revista Microvascular Research, da editora Elsevier.
A revista tem grau de impacto B1 (vide quadro) na Medicina II, que, de acordo com a CAPES, é a área do estudo da Saúde Materna e Infantil e da Pediatria, na qual a Faculdades Pequeno Príncipe tem o Programa de Biotecnologia Aplicada à Saúde da Criança e do Adolescente. Portanto, essa publicação tem uma alta relevância para os pesquisadores e para o Programa.
Confira o peso e o fator de impacto dessas publicações:
QUALIS | PESO |
A1 | 100 |
A2 | 80 |
B1 | 60 |
B2 | 40 |
B3 | 20 |
B4 | 10 |
B5 | 5 |
C | 0 |
Fonte: Capes
Em que consiste esse estudo
Durante um ano, os pesquisadores monitoraram a Atividade anti-inflamatória e angiogênica do polissacarídeo extraído do kefir e testado no embrião do ovo da galinha. O objetivo era descobrir novos compostos que pudessem ser usados para fins farmacológicos. A Profª Rosiane explica que a maior parte das patologias consiste em processos inflamatórios. “Atualmente, existem poucos anti-inflamatórios realmente potentes que não apresentem efeitos colaterais”, informa. “Os medicamentos que não possuem tantos efeitos colaterais, geralmente demoram a combater as inflamações”.
A Molécula estudada possuía tanto atividade anti-inflamatória quanto angiogênica (atividade de cicatrização), o que tornou o resultado da pesquisa importante para a comunidade científica internacional, já que um único medicamento pode tratar dois problemas: desinflamar e cicatrizar um corte em tempo mais curto e sem tantos efeitos colaterais.
Raio UV
O cultivo dos ovos foi um capítulo à parte no estudo, pois 50% do material era perdido, como explica o Prof. Christian. “Lavávamos os ovos, com diferentes soluções, para evitar contaminação, mas quando fazemos isso, as bactérias entram nos ovos e os contaminam mais ainda, então passamos a usar raio UV, e foi essa mudança de metodologia que nos permitiu chegar aos resultados que foram apresentados no artigo”.
Importância dele para a Faculdade
Segundo a Profª Maria Rosa Machado Prado, o maior ganho da Faculdades Pequeno Príncipe com esse estudo é a validação da metodologia utilizada. “Ela nos permite avaliar inúmeras biomoléculas que estão sendo estudadas por alunos do Programa de Mestrado e Doutorado em Biotecnologia Aplicada à Saúde da Criança e do Adolescente, ou seja, outros pesquisadores poderão utilizar a mesma metodologia para fazer outras descobertas”, define.
A Profª Rosiane lembra que, dos seis pesquisadores da equipe, três atuam como docentes na FPP, o que contribui para o aprendizado dos alunos. “É importante os alunos verem o resultado do nosso trabalho, perceberem que estão em contato diariamente com pesquisadores que publicam em revistas científicas de relevância internacional, e que podem chegar ao mesmo resultado, desde que se dediquem”, acredita. “Há ainda muita coisa a ser descoberta, processos a ser melhorados na área científica, e é isso que motiva a todos nós”, conclui.