Um alerta importante neste 7 de abril, Dia Mundial da Saúde: a necessidade de uma atenção especial à diabetes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aproveita a data para lançar o primeiro relatório sobre a doença, que descreve o peso e as consequências na rotina da população em todo planeta, além de defender a existência de sistemas de saúde mais sólidos, que assegurem uma melhor vigilância, prevenção e uma gestão mais efetiva do problema.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Diabetes, estima-se que há mais de 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes no Brasil – ou seja, cerca de 6,9% da população, com viés de crescimento nos próximos anos. De acordo com a instituição, a maioria dos pacientes não apresenta sintomas no início da diabetes.
Por conta desses e outros fatores, a prevenção é palavra de ordem neste Dia Mundial da Saúde. “A ideia é conscientizar a população a respeito de uma doença comum, que pode levar a complicações graves e debilitantes”, explica Rosângela Réa, médica endocrinologista do Hospital Pequeno Príncipe e professora/coordenadora da Unidade de Diabetes do Serviço de Endocrinologia e Metabologia do Hospital de Clínicas da UFPR (SEMPR). A médica apresenta informações importantes sobre a diabetes e dicas para garantir uma vida saudável. Confira:
TIPOS
Existem 2 tipos principais de diabetes: o diabetes tipo 1 é responsável por 10% ou menos dos casos e corresponde ao diabetes dependente de insulina, antes chamado de diabetes juvenil. Pode aparecer em qualquer idade, mas tem picos de instalação na metade da primeira década e na adolescência. A causa é genética (transmitida pelos pais), mas a doença não costuma ser hereditária, ou seja, normalmente aparece ao acaso, sem que os pais apresentem a doença.
Já o diabetes tipo 2 é responsável por 90% dos casos de diabetes e está relacionado à obesidade e ao sedentarismo, sendo comum os pais e/ou os avós apresentarem a doença.
No caso do diabetes tipo 1, o mais importante em termos de conscientização, faz-se necessário o alerta para os sintomas, porque pode haver uma grave descompensação do paciente se o tratamento não for iniciado a tempo. Os sintomas relacionados à elevação da glicose no sangue são a poliúria (urinar muito), polidipsia (muita sede) e polifagia (comer muito). Apesar da fome e ingestão excessivas, os pacientes, geralmente crianças e adolescentes, costumam perder peso. Um alerta especial vem sendo feito a respeito de uma incidência aumentada do diabetes tipo 1 na faixa de 0 a 4 anos, uma fase na qual a criança ainda usa fralda e muitas vezes está sendo amamentada, o que dificulta observar tanto o aumento da sede como da diurese.
Em relação ao diabetes tipo 2, que incide com mais frequência após os 40 anos, é preciso conscientizar a população sobre o fato de que a doença costuma se manter silenciosa (não causar sintomas) por muitos anos e que as pessoas devem procurar os Serviços de Saúde para fazerem exames de sangue regularmente. A prevenção está relacionada à adoção de bons hábitos de vida.
FATORES DE RISCO
O aumento de peso nas populações, dietas pouco saudáveis e o sedentarismo parecem ligados diretamente ao aumento no número de casos de diabetes tipo 2 e no seu aparecimento cada vez mais precoce. No caso do diabetes tipo 1, especula-se que o aumento no número de casos também possa estar ligado ao ganho aumentado de peso desde a infância, com ativação do quadro imunológico que leva à destruição das células beta do pâncreas, produtoras de insulina.
PREVINA-SE
1. Mantenha seu peso ideal!
2. Inclua cereais integrais (pão e arroz integral) e uma maior quantidade de verduras e legumes no cardápio.
3. Substitua doces por frutas e evite fast-food.
4. Evite o consumo de bebidas açucaradas, inclusive sucos concentrados (de caixa).
5. Evite bolachas recheadas e prefira óleos vegetais.
6. Reduza o consumo de carnes vermelhas e processadas (salsichas, frios e bacon) e consuma mais peixe e carne branca.
7. Pratique atividades físicas regularmente.
8. Não se estresse! Durma bem e não fume.
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