Ausência de cura é aspecto comum das doenças; Tratamento adequado pode garantir bem-estar aos pacientes
Fevereiro é o mês escolhido para conscientizar a população sobre as doenças crônicas: Alzheimer, Lúpus e Fibromialgia. A ausência de cura é o aspecto comum entre as doenças. Apoiada pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM), a campanha Fevereiro Roxo é fundamental para que os pacientes tenham acesso à informação de diagnóstico e tratamento eficaz, possibilitando viver uma vida saudável.
ALZHEIMER
Na maioria dos casos, o Alzheimer atinge pessoas idosas. De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), a doença se apresenta como demência ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais.
Ainda de acordo com a ABRAz, estima-se que, no mundo, 35,6 milhões de pessoas tenham a doença, sendo no Brasil 1,2 milhão de casos registrados. O diagnóstico precoce pode amenizar os efeitos causados pela doença, que se apresenta em quatro estágios:
1 – Inicial ou leve
2- Moderada
3 – Grave
4- Terminal
LÚPUS
Doença inflamatória crônica de origem autoimune (quando o próprio organismo ataca órgãos e tecidos), o Lúpus, de acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, pode se apresentar de duas formas: cutâneo – que se manifesta com manchas na pele (avermelhadas ou eritematosas), principalmente nas áreas que ficam mais expostas ao sol – e sistêmico – quando um ou mais órgãos são acometidos pela doença.
Estima-se que cerca de 65.000 pessoas possuem a doença no Brasil, sendo as mulheres a maioria dos pacientes. O diagnóstico de Lúpus é feito a partir do conjunto de alterações clínicas e laboratoriais. Um exame ou manifestação clínica isolados não são capazes de estabelecer o diagnóstico.
Entre os sintomas da doença, estão: lesões avermelhadas na pele; dor e inchaço (principalmente nas articulações das mãos); inflamação no rim; inflamação na pleura ou pericárdio (membranas que cobrem o pulmão e coração); queixas de febre sem infecção, emagrecimento e fraqueza também são comuns quando a doença está ativa.
O tratamento depende do sintoma apresentado pelo paciente. Embora não tenha cura, o tratamento permite o controle da doença, minimizando os efeitos colaterais dos medicamentos.
FIBROMIALGIA
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, as mulheres são as mais afetadas pela Fibromialgia: a cada 10 pacientes com a doença, sete a nove são mulheres. Ainda não se tem explicação do porquê a doença é mais prevalente na população feminina.
A Fibromialgia é uma síndrome clínica que se manifesta com dor pelo corpo todo, principalmente na musculatura. Os pacientes ainda podem apresentar fadiga, sono não reparador, entre outros sintomas como alterações de memória e atenção.
O diagnóstico da doença é feito a partir de avaliação clínica, sendo estabelecido, comumente, a partir de dois critérios:
· Dor em todo o corpo por mais de três meses.
· Presença de pontos dolorosos na musculatura (11 de 18 pontos que estão pré-estabelecidos).
A utilização desses critérios não é consenso entre os profissionais, isso porque ele ignora sintomas importantes, como a alteração do sono e fadiga.
O tratamento da Fibromialgia é feito a partir de medicamentos e medidas não medicamentosas, como a prática de atividades físicas.