As vésperas do Dia Mundial para Prevenção ao Suicídio, 10 de setembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou dados alarmantes. De acordo com o relatório uma pessoa se suicida a cada 40 segundos, no mundo. Mas, este número pode ser ainda maior, conforme destaca o relatório. Isso porque para cada morte registrada, muitas outras tentativas e óbitos não são contabilizados como suicídio.
Ao longo do relatório, a OMS destaca a importância da adoção de estratégias de prevenção ao suicídio. E, outro dado que desperta atenção é o número de jovens que tiram a própria vida, segundo a OMS o suicídio já é a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, no mundo, ficando atrás apenas dos acidentes de trânsito.
Para a psicóloga, profª Me. Denise Ribas Jamus da Faculdades Pequeno Príncipe, uma das explicações para este alto índice é o período de transição da adolescência para a vida adulta. “A adolescência e o início da vida adulta são fases conturbadas de muitas mudanças internas e externas na vida da pessoa, uma fase de autoafirmação, de tomada de decisões importantes. Muitas vezes ao entrar na faculdade o aluno se vê diante de muita pressão, de ter que assumir muito mais responsabilidades, lidar com cobranças e frustrações”, explica.
Mas como identificar se algum colega apresenta tendências suicidas? De acordo com Denise a observação do comportamento é fundamental, além disso, ela afirma que o suicídio está fortemente ligado à depressão. “É muito importante estar atento a mudanças no comportamento. Então pessoas que passam a se isolar, abandonam atividades que antes eram prazerosas ou mesmo não cumprem mais com suas responsabilidades, costumam chamar a atenção. Podem apresentar além do isolamento, impaciência, comportamento mais irritado ou agressivo, ou às vezes total apatia e falta de iniciativa”.
A instituição de ensino tem papel fundamental neste processo. Afinal, muitas vezes os alunos acabam passando mais tempo na faculdade do que com própria família. Por isso, professores e colegas estarem atentos às mudanças de comportamentos é importante para identificação precoce destes problemas.
Na FPP os alunos podem contar com a orientação do Núcleo de apoio didático-psico-social, inclusão e acessibilidade (NADIA), que atua visando o acolhimento e orientando todos os alunos que necessitam de algum tipo de apoio, seja emocional ou educacional. “A partir desta escuta orientamos e encaminhamos o aluno para os atendimentos necessários. Em caso de ideação suicida fornecemos este apoio inicial, mas encaminhamos imediatamente este aluno para acompanhamento psiquiátrico e psicólogo, bem como informamos ao aluno sobre a necessidade de comunicar seus pais e/ou responsáveis, em virtude do risco a vida”, explica Denise.
Alunas da FPP se destacam em publicação de Oncologia
A dedicação levou as estudantes do curso de Medicina da Faculdades Pequeno Príncipe (FPP) Giulia